Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Um pouco de muitas coisas e, por vezes, muito de algo só. Basicamente, um escape pessoal.
Hoje foi dia de ir cortar o cabelo. Realizo este ritual de rumar à cabeleira (a mesma desde os 4 anos de idade) cerca de 9 vezes por ano e demoro sempre menos de 30 min. Pelo que os meus pais dizem nunca mudei de penteado, como uso o cabelo curto a margem de manobra também não é muito grande. Já se pode perceber que o meu cabelo é de trato fácil e rápido. Daí que surpreendentemente (ou não) a frase que serve de título a este post não foi proferida por mim,mas ao invés disso pela rapariga sentada em frente do espelho ao meu lado. Atentemos agora no que se passou nesse espaço e me levou a reflectir.
A grande maioria das mulheres "usa" o seu cabelo relativamente comprimido, porventura devido ao standard de beleza que é cultivado na sociedade. Esta rapariga pertencia (pelo menos antes do corte) a esse grupo de pessoas. Ouvi a moça entrar de rompante no cabeleireiro, sentar-se e "quero que fique curto para dar menos trabalho nas férias"- disse ostentando na voz muita determinação. Eu permanecia quieto, da mesma manera que me foi ensinado em criança, num estado quase letárgico enquanto me era aparado o cabelo. De repente, vindo do meu lado direito, oiço numa voz meio apavorada meio arrependida:
-Ai, o meu querido cabelo!
Inevitávelmente, quem se estava a ocupar da minha cabeça parou e eu, confeso que por instinto, olhei para o lado. Tinha sido irremediavelmente
iniciada a mudança de look.
Quis expor esta situação porque ela me deixa bastante intrigado e ainda nunca fui capaz de perceber a relação que as mulheres, no geral, desenvolvem com o seu cabelo. É algo que me transcende a mim, e certamente a muitos mais. Talvez seja porque lhes dá bastante trabalho cuidar, ou porque se divertem a penteá-lo de diversas formas, ou porque lhes serve de distração durante qualquer momento "seca"...
Não sei, alguma(s) razão(ões) devem justificar esta atitude de estima pelo cabelo. Outro facto interessante é que este é, provavelmente, o único "tipo de pêlo" que as pessoas não tentam a todo o custo aniquilar do seu corpo. Seja nos homens ou nas mulheres, o cabelo, faz sempre parte da identidade de cada um isso é que é indiscutível.
Para finalizar, percebo que por vezes seja complicado aderir/aceitar a mudança, especialmente neste caso em que se esteja muito habituado a algo. Mudar até pode ser uma coisa boa e positiva, além disso "ele" volta sempre a crescer e pode sempre voltar-se à velha rotina.
Ao contrário de mim, que hoje, ouvi, mais uma vez, o "já vais mais leve para casa", espero que vos tenha deixado a vocês, leitores, "carregados" com um sorriso na cara. Além disso, espero que alguém tenha respostas para me dar.
Até já.